A princípio
é necessário salientar que “as crianças não nascem sabendo reconhecer suas
particularidades, seu nome, sua família e a si mesmo”, como diz Paula Inglez é
essencial o papel da escola nesta aprendizagem de construção da identidade.
Pois criar situações pedagógicas para os alunos distinguir suas
características, seus amigos, valorizar seu eu, tudo isto também os auxiliam na
autoconfiança e valorização de diferenças e semelhanças.
Neste
sentido, trabalhamos o projeto quem sou eu, por acreditar
que a escola deve favorecer o autoconhecimento de forma lúdica, isto é unindo o
“fazer”, o “saber”, o “ser”, o “conviver” e o “preservar”. A construção da
identidade se dá por meio das interações da criança com o seu meio social e a
creche é um universo social diferente do familiar, favorecendo novas
interações, ampliando desta maneira seus conhecimentos a respeito de si e dos
outros. A auto-imagem também é construída a partir das relações estabelecidas
nos grupos em que a criança convive. Um ambiente farto em interações, que
acolha as particularidades da cada indivíduo, promova o reconhecimento das
diversidades, aceitando-as e respeitando-as, ao mesmo tempo em que contribui
para a construção coletiva, favorece a estruturação da identidade, bem como de
uma auto-imagem positiva.